A criança nos primeiros anos de vida, ela é espontânea, alegre, ela simplesmente é ela mesma, com toda a sua energia. Com o passar do tempo, essa criança vai percebendo que ser ela mesma pode incomodar e perturbar os adultos.

Quando ela percebe que ser ela mesma contraria os pais, ela vai deixando de ser espontânea. Também, os pais vão cobrando um comportamento mais “certinho” dessas crianças, não deixando por vezes expressar a sua criatividade, sua imaginação, que é um dom nato de toda criança, do jeito dela mesmo, da sua alegria de viver.

E a criança, quando percebe que não pode ser ela mesma, começa a ter crises de raiva, que é o que chamamos de “crise de infância”, “crise da adolescência”.

Essa limitação que essa realidade impõe, onde você tem que se enquadrar na caixinha da sociedade ( o que pra mim é a Matrix), parece até normal para a maioria das pessoas, mas a criança quando se depara com essa limitação imposta, ela sai dessa primeira fase da sua existência , onde ela tinha sua alegria de ser ela mesma, passando para uma segunda fase, onde ela conhece a dor e não ter o direito de agir como ela mesma. É quando começamos a agir conforme as expectivas dos outros.

E dai, conforme os anos vão passando, vai gerando muita dor e sofrimento, porque você age pensando nos julgamentos dos outros, você tenta a todo momento se encaixar no que seus pais e no que os outros querem que você seja, e você começa a caminhar para uma terceira fase: da crise, da revolta e da criação de uma nova personalidade – Você compra tanto as crenças, os pontos de vista de todos a sua volta, e você se torna o que querem que você seja.

Há pessoas que ficam paralisadas a vida toda nessa crise, na revolta, com todos esses conflitos, presos ao trauma e drama da realidade que viveram, e assim, vamos criando diversas máscaras para nos proteger.

Criamos diversas máscaras como forma de esconder as nossas feridas emocionais que são a rejeição, o abandono, a humilhação, a traição e a injustiça. As máscaras criadas, servem para esconder de nós mesmos e dos outros aquilo que ainda não resolvemos internamente.

Vestimos as máscaras sempre que temos medo de viver uma ferida com outra pessoa, e também quando temos receio em fazer os outros sofrerem.

O Ser Humano age sempre com o intuito de ser amado ou com medo de perder o amor dos outros. Portanto, age de forma a ser aceito, tentando agradar os outros ,e assim, assume um comportamento que não é a verdadeira essência dele.

Dai pergunto: Quando deixamos de ser realmente alegres e felizes? Na nossa infância? Na nossa adolescência?

Aqui, meu intuito não é julgar e criticar o comportamento das pessoas, a forma como fomos educados, mas sim despertar a sua consciência para algo novo, para uma realidade diferente.

O quanto podemos ser e perceber mais alegria e leveza na nossa vida? O quanto podemos aceitar e amar nossas experiência e recomeçar a cada dia como um novo dia?

As experiências existiram, mas a forma que você vai enxergar ,isso é que vai influenciar a sua vida, de forma positiva ou negativa. E pergunto novamente: o que você aprendeu com isso tudo?

Aceite e ame as suas feridas . Você é essa pessoa hoje por tudo que viveu ate agora.

E que infinitas possibilidades você pode criar na sua vida apartir disso tudo?

Com amor, carinho e leveza
Valéria Brito Pereira
Fisioterapeuta e Terapeuta Holistica

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